Pensei em tudo que não existe

E me sinto triste com o que não achei

Quando na verdade não há sentido

Encontrar algo que não procurei.

Diga alguma coisa que não precise ouvir

Mas que queira muito mesmo sem querer

E ouça a minha voz que tenta discutir

No som abafado que não quer dizer...

Abrace esse corpo que não te pertence

Com o calor que queima de tanto frio

E sinta o peso de uma alma morna

Que deitou cansada no meio fio...

Pense em tudo que não quero

 E que você também não quer querer tanto

Não se encontre em nada do que aqui se espalha

Nem junte pedaços e guarde no canto 

Sinta o gosto do silencio que interrompe

E possui a alma de quem não têm

Descubra os mistérios que não se esconde

No alívio da entrega nos laços de alguém

Beije essa boca que dissolve

 As partes do nada que respira e sente

Todos os dedos da razão que sofre

Na sinceridade que a certeza mente

E fique aqui depois que eu passe a querer

Que nunca mais tenha chegado

E não acredite, me deixando dizer

Que já não mais tenho guardado.

Mastigue todas as minhas loucuras

E me diga que gosto tem

Enquanto eu te consumo com as partes que não te servem mais

E que mesmo assim, me caem bem

Deixe que eu me explique sem esforço

Para que me cale em seu corpo...